A prática do educador:

Reflexão é mais uma etapa para oportunizar você a refletir sobre sua escolha. Professor , profissão fascinante, cheia de desafios, é sonhar, planejar, é estar sempre de antena ligada, é não ser passivo, é fazer parte da história!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Professor: Vilão ou Mocinho?


Esta semana foi assassinado na porta da escola o nosso colega de trabalho o Prof. Guilherme. Uma pessoa super humana, que deixou em pranto os alunos e amigos porque era um ser humano carinhoso. Tenho um parente que trabalha na escola que ele lecionava que me disse que os alunos especiais, principalmente, se DESESPERARAM quando souberam da triste notícia de sua morte. Essa parte boa não vira notícia bombástica na mídia. Mas quando é para falar mal aí sim!!! É engraçado como toda culpa cai nos professores, tudo de ruim que acontece na educação é culpa dos professores, isso já virou paradigma dizer que o professor é um vilão pra sociedade.

Já presenciei mamães com olhos injetados de profunda revolta, colocando o profissional da educação na cruz, bem pregadinho, atribuindo-lhe toda a responsabilidade pelo fracasso ora instaurado. Apega-se a isso, inclusive, para livrar a cara da culpa de não ter educado a prole para o convívio em sala de aula ou numa sociedade civilizada. Finge desconhecer seu papel de fiscalizar a atuação do filho no santuário, a princípio erigido em prol do saber, e acredita piamente nas declarações do pimpolho. (Semana passada uma pedagoga apanhou de um "aluno" por exigir a presença dos pais dele). Não tenho, graças a Deus, problemas com alunos, mas temo se um dia for necessário eu tomar uma decisão firme. Como será?

O professor tem formação em licenciatura, coitado, e a grande falha das universidades, nesses cursos, é justamente não ensinar a ele, enquanto aluno, uma fórmula, que deve existir na matemática, talvez na física ou no reino da fantasia, que possibilite levar conhecimento ao indivíduo, estudante em potencial que, a despeito de ocupar uma carteira na escola, recusa-se terminantemente a recebê-lo. Isso, a disciplina chamada "Prática de Ensino", comum nessas faculdades, não explica. O assunto diz respeito a meninos e meninas com mais de dez anos de idade, originários do século XXI, portanto, desde tenra idade, dono de seus narizinhos faceiros. Ora, se os pais não têm o domínio sobre esses jovens narizes e, ainda caem convenientemente em suas mentiras quando se dizem estudantes, o que exatamente esperam que o professor faça para puxar a rédea? Expressão essa de mamãe histérica que encosta o operário da educação na parede e exige dele postura militar, justamente porque deseja ver o seu rebento aprender que é preciso ler neste mundo de meu Deus sem, no entanto, cobrar dele atitude condizente com o ambiente escolar. Mas se esse aluno insiste em repudiar qualquer atividade que leve à expansão da inteligência, exatamente QUE TIPO DE MÁGICA TODOS DESEJAM QUE O PROFESSOR FAÇA PARA CONVENCÊ-LO DO CONTRÁRIO E LIVRÁ-LO DA SARJETA DA INTELECTUALIDADE? Ainda dizem por aí que é preciso estimular o assíduo frequentador dos bancos escolares. Sim, eu concordo que aplicar uma aula diferenciada vale a pena. Mas isso não é tudo. À s vezes o professor perde noite de sono preparando aula quando no dia seguinte, todo empolgado, se depara com um EXÉRCITO SEM FOME! Sem fome de saber, de conhecer, de progredir! Já ouvi dizer por aí que: "A escola têm a cara dos professores", porém eu penso o contrário: "A ESCOLA TÊM A CARA DOS PAIS DOS ALUNOS". Inclusive este foi o debate ontem dia 09/05/13 na sala de aula, onde os alunos concordaram comigo plenamente. Educação se trás de casa! Tenho alunos maravilhosos! e não quero generalizar...


Texto adaptado por Rose Sousa.

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